ZIRP, ou o falecimento da política monetária nos EUA.
O dólar caminha para seu fim como moeda de reserva. Despenca em relação ao Euro e ao Yen, num movimento que terá consequências cataclísmicas (numa palavra: carry-trade).
Anos muito curiosos pela frente.
dezembro 18, 2008 às 11:08 am |
Samurai, apesar do pessoal por aí continuar gritando aos quatro ventos “O DÓLAR AINDA É A ÚNICA MOEDA DE RESERVA MUNDIAL”, essa situação deve mudar em 2009 e 2010. A globalização atingirá também essa unicidade da moeda norte-americana e creio que as reservas das nações serão feitas por um mix de moedas consideradas fortes (inclusive dólar). Olhando o cenário mundial, pelo menos isso é o que eu enxergo pros próximos dois anos.
Abraço
dezembro 18, 2008 às 12:59 pm |
André, muito boa observação. Pessoalmente, não acredito em mix de moedas no longo prazo. A economia capitalista converge para um centro (economia-mundo etc e tal) e um padrão, vide os problemas do bimetalismo no século XIX. Mas nos próximos anos você tem total razão, e uma das moedas que fará parte desse pacote de fuga do dólar será o real. As reservas em dólar, contudo, só estarão lá porque não há o que se fazer com elas sem se precipitar uma desvalorização catastrófica. Um problema não só econômico, mas político, e não só nas consequências, mas na solução. Hoje não há sentido utilitário para qualquer nação individual manter qualquer reserva em dólar, já que a remuneração é nula e as medidas de enxugamento da liquidez retomada a normalidade da velocidade da moeda farão os títulos atuais perderem valor. Mas ao contrário das corporações, as nações não são psicopatas.
dezembro 19, 2008 às 12:41 am |
Samurai
Acho que este dolar ainda se aguenta um tempão.
Lembre-se da “Libra esterlina” que era referência até o final dos anos 70.
Isto, um bom tempo depois de a Inglaterra não ter mais poder nenhum.
Os americanos ainda vão “rular” um bom tempo. Infelizmente.
Um planeta mais equilibrado, sem tantas tensões, e com mais política igualitária seria o ideal.
dezembro 22, 2008 às 1:41 am |
No último filme do 007, há uma negociação que envolve euros, porque o dólar não é mais confiável — a confiança tem um mínimo moral; a confiança financeira levou o mínimo ao seu paroxismo. Se o cinema disse, está dito! Parabéns pelo blog.